Antes de falar do Médium, vamos primeiramente falar das pessoas num
contexto geral.
Quantas pessoas chegam e vão embora, entram e saem, visitam e somem
dos terreiros? Inúmeras pessoas fazem assim, não sabemos de onde vem e muito
menos pra onde vão e isso pode acontecer por vários motivos.
Quando uma pessoa encontra na Umbanda sua religião e em um determinado
terreiro, o local para trabalhar sua fé, podemos observar que na maioria das
vezes essa pessoa que esta na assistência hoje, poderá ser um médium amanhã. Ou seja, o médium
que esta trabalhando hoje no terreiro um dia esteve na mesma situação das
pessoas que estão na assistência, com inúmeros problemas ou dificuldades
(cargas negativas, pensamentos de baixa vibração, sem emprego, doente, etc) - e acredito que com toda Fé do mundo e
humildade - esperando para ser atendido, crendo naquela entidade que lhe dará
um passe com o intuito de melhorar, evoluir, crescer e resolver seus problemas
e suas dificuldades.
Mas o que acontece neste cenário? Por que as coisas acontecem dessa forma?
Qual a lógica?
Quando a pessoa começa a frequentar um templo religioso e a trabalhar
sua fé dentro daquilo que acredita e busca como caminho, ela também começa a
encontrar as soluções de seus problemas ou mudanças na forma de tratá-los.
Consegue se erguer aos poucos e erguendo-se ela começa a frequentar com
assiduidade e muito mais fé. Claro que isso ocorre em casos onde há afinidade
com a religião e o templo, no caso, o terreiro de Umbanda, e também quando é
chagada a hora desse ser cumprir sua missão.
Então aquela pessoa que esta na assistência sentada deslumbrada com a
Umbanda e que inicia o seu processo de trabalho dentro deste terreiro torna-se o
quê? Claro, o tão famoso médium. O médium
entra na corrente mediúnica do terreiro e começa o seu processo de "aprendizado, adequação e crescimento", mas infelizmente
algo muito comum vem agregado a alguns médiuns: a vaidade.
A pessoa continua frequentando os trabalhos e agora dizendo: "Eu
sou um médium umbandista", todo orgulhoso, com “nariz erguido”... Olha só
que pessoa importante, não? Pois digo, isso pode ser um indício de que a pessoa
esta se perdendo, mas ainda não percebeu.
A humildade em ser ajudado e em
poder ajudar pode ser perdida quando os "problemas" ou as "dificuldades"
forem resolvidos ou pelo menos amenizadas, e posteriormente, "com problemas e dificuldades
menores ou até mesmo sem problemas e dificuldades", acredita-se que se é
outra pessoa. E quando alguém chega à assistência com as mesmas dificuldades ou
piores que a do médium, então o “super
médium” faz o quê? Ele ajuda? Não. Sua vaidade ultrapassará a frente do
guia espiritual e o fará julgar, criticar, e se achar no direito de imaginar
que é uma pessoa melhor do que aquela que está na sua frente, que precisa
simplesmente de ajuda da mesma forma que um dia o mesmo médium precisou quando estava
na assistência.
Depois de algum tempo é comum mesmo esquecermos os motivos que nos
trouxeram ao terreiro. Pensamos: ”meu momento ruim passou, graças a Deus, não
vou olhar o passado”.
Pois bem irmãos, como diz o velho ditado: “Dor de dente não dá uma vez só". Sendo assim médiuns, nunca
deixem a vaidade, a arrogância e a prepotência invadirem suas mentes, pois
somos instrumentos de Deus nosso Pai Criador e estamos nessa terra para
evoluirmos. Para nós médiuns, através de nossos guias espirituais, e nossos
guardiões e guardiãs espirituais não há meio melhor. É preciso compreender o sentido de caridade.
Vamos assumir essa "tarefa e missão" com amor, fé,
disciplina, simplicidade, e principalmente com muita humildade e respeito. E
não esqueçam médiuns, nunca julguem as pessoas, pois um dia aquela mesma
cadeira da assistência foi ocupada por você.
Muito axé e luz a todos.
Mãe Regiane.
Veja também:
MENSAGEM AOS UMBANDISTAS: O preço da caridade
MENSAGEM AOS UMBANDISTAS: reflexão
Veja também:
MENSAGEM AOS UMBANDISTAS: O preço da caridade
MENSAGEM AOS UMBANDISTAS: reflexão
Nenhum comentário:
Postar um comentário